No Country for Old Men

Rating: 6,8

When I was writing the post of the movie “The Sunset Limited” I found that this movie is also based on a Cormac McCarthy work, a novel this time. I’m starting to notice a propensity of this author to explore the people choices, some timeless dilemmas of our life, always regarding the eternal discussion of set apart/compare the good and evil, the ethic problem.
This movie also starred with Tommy Lee Jones and is directed by the Cohen brothers, who bring to us a movie with an action that develops itself from an almost non-sense situation, similar to what many Grindhouse stories bring to us, I mean, something simple where it’s possible to work the master touches such as the characters’ construction, amazing shots and the typical humor of this style. In this movie we can say that this situation is “give water to a needy guy”. It’s like this is just an “excuse” that, at first sight, it’s not so important, but used just as the triggering situation. Although, from my point of view, it shows a core characteristic of the character Llewelyn Moss (Josh Brolin), the fact that he follows his convictions, his moral, what determines his actions through the movie – in other words, it’s not just an “excuse”.
Regarding the shots, there are some terrific. This follows the rule of the story being told using images the most possible. Two of the shots I liked most were, both the one focusing the boots marks left in the floor of the police station by the police officer and the one that follows the binoculars from the eyes to the shoulder of the character, like if its lens is the camera.
It’s funny that I already had the idea of pay attention where the movie might reveal some Grindhouse style, because someone told me that. I didn’t want to be affected – despite it’s difficult to know if I was or not – and I really know that there are some parts which reveal this style – maintaining the question if I had notice it by myself -, such as the character Anton Chigurh (Javier Bardem), some shots of violence and, also, the dialogues that fit the referred type of humor.
In the end, I was positively impressed with another movie of this duo who make Cinema, despite I didn’t think it’s a great movie (also because I had great expectations to it), it has much quality regarding all the evaluated aspects.
I agree with movie with an open end when they explore a theme which make us think and we’re absorbing along the movie making its end not the most important (a recent example is “The Sunset Limited”). Although, this movie, despite it give us some dilemmas to think along its development, it has the need to be stated with a good end because it strength is its story, in my opinion.

Nota: 6,8

Ao fazer o post do filme “The Sunset Limited” descobri que este filme também é baseado numa obra de Cormac McCarthy, desta vez um romance. Começo a sentir uma tendência deste autor em explorar as escolhas das pessoas, certos dilemas intemporais da nossa vida, prendendo-se sempre na eterna discussão da separação/comparação do bem e do mal, a problemática da ética.
Contando também este filme com a participação de Tommy Lee Jones, e sob a realização dos irmãos Cohen, chega-nos um filme em que a sua acção se desenrola a partir de uma situação quase que sem sentido, semelhante ao que muitas vezes as histórias Grindhouse nos trazem, algo simples onde se possa trabalhar realmente os toques de mestre como a construção de certas personagens, planos espectaculares e o tal humor típico deste estilo. Neste filme pode-se dizer que essa situação é “dar água a um pobre necessitado”. É como se esta fosse apenas uma “desculpa” que, à partida, não possui grande importância, sendo usada apenas como o despoletar da acção. Apesar de que no meu ponto de vista demonstra uma característica base da personagem Llewelyn Moss (Josh Brolin), o facto de ele seguir as suas convicções, a sua moral, o que condiciona as suas acções ao longo do filme – ou seja, não é apenas uma “desculpa”.
Em relação aos planos, são-nos oferecidos alguns mesmo muito bons, o que cumpre a máxima de que a história deve ser contada o máximo possível através da imagem. Dois dos planos que mais gostei foram o das marcas das botas do agente da autoridade no chão da esquadra e o que acompanha os binóculos dos olhos ao ombro da personagem, como se a lente destes fosse a camera.
É engraçado que já fui com esta ideia de ver onde o filme poderia revelar um estilo Grindhouse, visto que me já tinham referido esse facto. Não queria ser influenciado – apesar de que neste momento seja difícil saber se fui ou não – e sei que existem mesmo partes que apelam a este estilo – mantém-se a questão de se teria reparado nisto “sozinho” -, desde a personagem Anton Chigurh (Javier Bardem), a certos planos de violência e, ainda, aos diálogos que vão de encontro ao tipo de humor referido.
No final, fiquei positivamente impressionado com mais um filmes desta dupla que faz sempre Cinema, apesar de não achar um grande filme (também por ter expectativas um pouco mais elevadas em relação a este filme), tem sempre muita qualidade em todos os aspectos avaliados.
Concordo com filmes com final aberto quando exploram um tema que nos faça pensar e que vamos absorvendo ao longo do filme sem que o seu final seja o mais importante (o exemplo mais recente é o “The Sunset Limited”). No entanto, este filme, apesar de nos dar que pensar em alguns dilemas no seu desenrolar, tem uma necessidade de se afirmar com um bom final por o seu ponto forte ser a história, na minha opinião.

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