Donnie Brasco
Rating: 7,7
Al Pacino and Johnny Depp. Regarding acting it doesn’t worth to loose much time because it’s almost everything said on the first sentence of this paragraph. Alright, I still also add Michael Madsen, Bruno Kirby and Robert Miano, for example.
This movie is based on a true story telling us the story of Donnie Brasco, the infiltrator Joseph D. Pistone of the Operation “Donnie Brasco” between 1976 and 1981.
Like in the movie “The Iceman” we have the perfect conjugation: great actors, based on a true story and the italian mafia world.
The ambiences where the mobsters move are well portrayed – the bars with snooker, used as meeting point and “quarter”; the warehouses, which they steal and negotiate with; the empty streets of Brooklyn, New York, propitious to more robbery – as well the wardrobe and, also, their lifestyle. The italian mafia world it’s perfectly well portrayed through the Hollywood style, I like it! (It’s unusual to use in the same sentence “Hollywood” and “like”, but I have to use often Hollywood, maybe.).
What I loved in this movie was the way it grabbed me. Despite I already known it’s based on a true story, I wanted the course of the story was different, it’s not the first time it happens and it’s a good sign, because it reveals we really embrace the story. I almost may use the word “suffer” to describe what I started to feel on the last part of the movie, the curiosity was huge, the desire that everything was like I started to speculate. It’s just with great performances such as Johnny Depp’s and Al Pacino’s, that we are able to enjoy moments like these (obviously that we can’t set apart the remain actors which, together, reenforce all this “reality”), so intensely. To reenforce this idea, we should join these to the other pearls of cinema (for example the ones from the movie “The Sunset Limited”).
In short, great mafia movie, together with the extras from the dvd, we start to be familiar to what this agent lived as infiltrator in this world.
I also want to highlight that I’m very pleased with the Blu-ray remasters of classics like this one.
Nota: 7,7
Al Pacino e Johnny Depp. Em termos de actuação não vale a pensa perder muito tempo pois está quase tudo dito na primeira frase deste parágrafo. Tudo bem, posso ainda acrescentar Michael Madsen, Bruno Kirby e Robert Miano, por exemplo.
Este filme é baseado em factos verídicos contando-nos a história de Donnie Brasco, nome de infiltrado do agente Joseph D. Pistone, que fez parte da Operação “Donnie Brasco” entre 1976 e 1981.
Tal como no filme “The Iceman” temos a conjugação perfeita: grandes actores, história baseada em factos verídicos e o mundo da máfia italiana.
Os ambientes onde a máfia se movimenta estão muito bem retratados – os bares com bilhar, usados como ponto de encontro e “quartel”; os armazéns, que eles assaltam e com quem negoceiam; as ruas vazias de Brooklyn, Nova Iorque, propícias a mais assaltos – bem como o seu guarda-roupa e, ainda, o seu estilo de vida. O mundo da Máfia Italiana está lá todo perfeitamente retratado ao estilo Hollywood, gosto! (É raro na mesma frase estar “Hollywood” e “gosto”, tenho de usar mais vezes Hollywood, secalhar.).
O que adorei neste filme foi a forma como me agarrou. Mesmo sabendo que era baseado numa história verídica, queria que o rumo da história se alterasse, já não é a primeira vez que acontece e é um bom sinal, pois revela que entramos mesmo na história. Quase que se pode utilizar a palavra “sofrimento” para descrever o que comecei a sentir na parte final do filme, tal era a curiosidade, o desejo de que tudo fosse como comecei a especular. Só com grandes actuações como a de Johnny Depp e Al Pacino, conseguimos usufruir de momentos destes (não deixando obviamente de fora os restantes actores que, em conjunto, reforçam toda esta “realidade”), de forma tão intensa. Para reforçar esta ideia, juntemos estas às outras pérolas do cinema (como são exemplo as do filme “The Sunset Limited”).
Em suma, grande filme de máfia, juntamente com os extras do dvd, ficamos a conhecer melhor o que viveu este agente durante a sua infiltração neste mundo.
Quero ainda deixar a nota de que estou extremamente grato pelas remasterizações para Blu-ray de clássicos como este.
No Country for Old Men
Rating: 6,8
When I was writing the post of the movie “The Sunset Limited” I found that this movie is also based on a Cormac McCarthy work, a novel this time. I’m starting to notice a propensity of this author to explore the people choices, some timeless dilemmas of our life, always regarding the eternal discussion of set apart/compare the good and evil, the ethic problem.
This movie also starred with Tommy Lee Jones and is directed by the Cohen brothers, who bring to us a movie with an action that develops itself from an almost non-sense situation, similar to what many Grindhouse stories bring to us, I mean, something simple where it’s possible to work the master touches such as the characters’ construction, amazing shots and the typical humor of this style. In this movie we can say that this situation is “give water to a needy guy”. It’s like this is just an “excuse” that, at first sight, it’s not so important, but used just as the triggering situation. Although, from my point of view, it shows a core characteristic of the character Llewelyn Moss (Josh Brolin), the fact that he follows his convictions, his moral, what determines his actions through the movie – in other words, it’s not just an “excuse”.
Regarding the shots, there are some terrific. This follows the rule of the story being told using images the most possible. Two of the shots I liked most were, both the one focusing the boots marks left in the floor of the police station by the police officer and the one that follows the binoculars from the eyes to the shoulder of the character, like if its lens is the camera.
It’s funny that I already had the idea of pay attention where the movie might reveal some Grindhouse style, because someone told me that. I didn’t want to be affected – despite it’s difficult to know if I was or not – and I really know that there are some parts which reveal this style – maintaining the question if I had notice it by myself -, such as the character Anton Chigurh (Javier Bardem), some shots of violence and, also, the dialogues that fit the referred type of humor.
In the end, I was positively impressed with another movie of this duo who make Cinema, despite I didn’t think it’s a great movie (also because I had great expectations to it), it has much quality regarding all the evaluated aspects.
I agree with movie with an open end when they explore a theme which make us think and we’re absorbing along the movie making its end not the most important (a recent example is “The Sunset Limited”). Although, this movie, despite it give us some dilemmas to think along its development, it has the need to be stated with a good end because it strength is its story, in my opinion.
Nota: 6,8
Ao fazer o post do filme “The Sunset Limited” descobri que este filme também é baseado numa obra de Cormac McCarthy, desta vez um romance. Começo a sentir uma tendência deste autor em explorar as escolhas das pessoas, certos dilemas intemporais da nossa vida, prendendo-se sempre na eterna discussão da separação/comparação do bem e do mal, a problemática da ética.
Contando também este filme com a participação de Tommy Lee Jones, e sob a realização dos irmãos Cohen, chega-nos um filme em que a sua acção se desenrola a partir de uma situação quase que sem sentido, semelhante ao que muitas vezes as histórias Grindhouse nos trazem, algo simples onde se possa trabalhar realmente os toques de mestre como a construção de certas personagens, planos espectaculares e o tal humor típico deste estilo. Neste filme pode-se dizer que essa situação é “dar água a um pobre necessitado”. É como se esta fosse apenas uma “desculpa” que, à partida, não possui grande importância, sendo usada apenas como o despoletar da acção. Apesar de que no meu ponto de vista demonstra uma característica base da personagem Llewelyn Moss (Josh Brolin), o facto de ele seguir as suas convicções, a sua moral, o que condiciona as suas acções ao longo do filme – ou seja, não é apenas uma “desculpa”.
Em relação aos planos, são-nos oferecidos alguns mesmo muito bons, o que cumpre a máxima de que a história deve ser contada o máximo possível através da imagem. Dois dos planos que mais gostei foram o das marcas das botas do agente da autoridade no chão da esquadra e o que acompanha os binóculos dos olhos ao ombro da personagem, como se a lente destes fosse a camera.
É engraçado que já fui com esta ideia de ver onde o filme poderia revelar um estilo Grindhouse, visto que me já tinham referido esse facto. Não queria ser influenciado – apesar de que neste momento seja difícil saber se fui ou não – e sei que existem mesmo partes que apelam a este estilo – mantém-se a questão de se teria reparado nisto “sozinho” -, desde a personagem Anton Chigurh (Javier Bardem), a certos planos de violência e, ainda, aos diálogos que vão de encontro ao tipo de humor referido.
No final, fiquei positivamente impressionado com mais um filmes desta dupla que faz sempre Cinema, apesar de não achar um grande filme (também por ter expectativas um pouco mais elevadas em relação a este filme), tem sempre muita qualidade em todos os aspectos avaliados.
Concordo com filmes com final aberto quando exploram um tema que nos faça pensar e que vamos absorvendo ao longo do filme sem que o seu final seja o mais importante (o exemplo mais recente é o “The Sunset Limited”). No entanto, este filme, apesar de nos dar que pensar em alguns dilemas no seu desenrolar, tem uma necessidade de se afirmar com um bom final por o seu ponto forte ser a história, na minha opinião.
The Iceman
Rating: 7,1
When I watched the movie “Mud”, I was looking for this acting level, this signature performance, from Michael Shannon, but he didn’t have it because of the roll that he got does not allowed it. I was happy because in this movie he had the same signature performance from Boardwalk Empire, this was exactly what I was looking for.
The first positive point goes to the fact that this movie is based on true events. It’s a movie about a hitman who works, mainly, to the Italian mafia – another positive points because these are themes that pleased me.
All the movie together with the final observations make us aware of who was Richard Kuklinski, not just what he done, but, also, his personality. The whole character profile matches with the image I have of this actor, which is based on his performance in the tv show I mentioned before. He shows a kind of “autism”, an abstention of feelings for most people but, at the same time, he is aware of his personality and, thereby, “shape” it to have some affection for something/somebody. I say “shape” because it’s not inborn to him – the affection, the feelings in general -, he almost force himself to have affection, at least for me it’s what I deduce. Could be because it’s acceptable for most people or everyone needs a meaning to walk in this world when the capacity of thinking logically is still minimally intact? This is something I can’t give a factual answer.
We have the presence of great actors (Winona Ryder, Chris Evans, Ray Liotta, James Franco, John Ventimiglia, …) who give us brilliant characters. Together with the good story that I already mentioned, I think it’s the perfect combination to have a good movie. I was not expecting so much, it was a good surprise.
Nota: 7,1
Quando vi o filme “Mud”, estava à procura deste nível de actuação, deste registo, por parte de Michael Shannon, mas não o teve por o papel atribuído não o permitir. Fiquei contente por neste filme ele ter o mesmo registo que em Boardwalk Empire, era mesmo isto que eu procurava.
O primeiro ponto positivo vai logo para o facto deste filme se basear numa história verídica. Um filme acerca de um assassino a soldo que trabalha, maioritariamente, para a máfia italiana – mais pontos positivos visto serem temas que me interessam.
Todo o filme conjugado com as notas finais faz com que fiquemos a par de quem foi Richard Kuklinski, não apenas o que fez mas, também, a sua personalidade. Todo o perfil da personagem a interpretar vai de acordo à imagem que tenho deste actor, a qual provém da sua prestação na série referida acima. Ele demonstra um certo “autismo”, uma abstenção de sentimentos com a maioria das pessoas mas, ao mesmo tempo, consegue ter noção da sua personalidade e, assim, “limá-la” para que tenha afeição por algo/alguém. Digo “limar” porque não é algo que lhe seja inato – a afeição, os sentimentos no geral -, quase que se obriga ter afeição, pelo menos para mim isto é o que transparece. Será por ser o que é comummente aceitável ou porque toda a gente precisa de um significado para andar no mundo quando a capacidade de pensar logicamente ainda se mantém minimamente intacta? A isto não posso responder concretamente.
Contamos com a presença de grandes actores (Winona Ryder, Chris Evans, Ray Liotta, James Franco, John Ventimiglia, …) que nos trazem personagens muito boas. Juntamente com a boa história de que já falei, penso ser a conjugação perfeita para se ter um bom filme. Não estava à espera de tanto, foi uma boa surpresa.
Ruby Sparks
Rating: 7,3
Another big surprise (just like “Dans la maison”), a movie of a genre hard to explore, the fantasy. Mixing it with romance it should be something that, at first, seems to have a lot where could fail. This movie it’s classified as a comedy-drama-fantasy (obviously it was forgotten the classification of romance) but, regarding just the first two genres conjugated between themselves, it makes me “afraid” of the “passage”; I mean, the dramatic part after the “fairy-tale” part and before the denouement. Usually, this passage it’s the most criticized by me because it’s not consistent (they don’t explore the content and make it so that it just follows the “rules”), happening, sometimes, unreasonably. In this movie, I became surprised because I was anxious to know how it’ll be the dramatic part and, when this part finally happened, I thought it was intense and really purposeful, revealing/confirming the personality/dysfunctions/problems of the protagonist. The concept it’s very good and the story developed alongside it’s cohesive enough to not let it lose the its strengthS. Summing up, this movie had the correct amount of comedy (very funny moments, allowing laughter), drama (intense and assertive), romance (as I like) and fantasy (the key of success).
This movie explores the timeless problematic of the loving relationships where people think that if it’s done how we want to, everything will be much better. The problem is to know what we want, how we want and if we always want it like that. As a Man this is something impossible to conceive because we’re (extremely) mutable by the capacity of ratiocinate.
I highlight the interesting soundtrack and the detail in the beginning of how the title is presented, in heaven. As the person with whom I watched this movie said, without the excellent acting of these actors, especially and mainly the protagonists, it would not have been the same thing.
For those who like cinema, just watch it.
Nota: 7,3
Mais uma grande surpresa (remetendo ao “Dans la maison”), um filme dentro de um género difícil de explorar, a fantasia. Misturando-a com romance seria algo que, logo à partida, tem muito por onde falhar. Este filme está classificado como uma comédia-drama-fantasia (obviamente esqueceram-se da classificação de romance) mas, pegando apenas nos dois primeiros géneros conjugados entre si, causam-me logo “medo” em relação à “passagem”, isto é, a parte dramática após a parte “cor-de-rosa” e antes do desfecho. Normalmente, esta passagem é a que mais critico por não ser consistente (não exploram o conteúdo e fazem-na só para seguirem as “regras”), acontecendo, por vezes, despropositadamente. Neste filme, fiquei surpreso porque estava desejoso de saber como seria a parte dramática e, quando esta finalmente chegou, achei-a intensa e mesmo muito propositada, revelando/confirmando a personalidade/disfunções/problemas do protagonista. O conceito é muito bom e a história que o desenvolve é suficientemente coesa para não o deixar perder a força. Resumindo, conseguiu ter a certa medida de comédia (momentos muito engraçados, com direito a gargalhadas), drama (intenso e assertivo), romance (como gosto) e fantasia (a chave de sucesso).
Este filme explora a problemática, intemporal, das relações amorosas onde se pensa que se fosse feito à nossa vontade tudo seria muito melhor. O problema prende-se em conseguirmos saber o que queremos, como o queremos e se o queremos sempre assim. Como Homem é algo impossível de conceber por sermos (extremamente) mutáveis pela capacidade de raciocinar.
Realço ainda a banda sonora interessante e o pormenor inicial de como é apresentado o título do filme, no céu. Tal como a pessoa que viu o filme comigo disse, sem a actuação excelente dos actores deste filme, especialmente e principalmente os protagonistas, não seria a mesma coisa.
Quem gosta de cinema que veja.
Byzantium
Rating: 6,5
After the short films, I watched this movie in Motel X.
From the director Neil Jordan, the same from the “Interview with the Vampire: The Vampire Chronicles” (and from the tv-show “The Borgias”), we have another vampires movie.
This movie presents us a story of two female vampires which are in this world for two centuries, facing the vicissitudes emerging from a lifestyle based in mystery and secret, masked by lies, at least by one of them… Clara (Gemma Arterton) affords them trough the profits obtained with the career that she develops since her youth, she’s prostitute. This occupation it’s known, in slang, by “the oldest profession in the world”, so it ends up to be a viable option, being both useful to maintain their secret and for being profitable. On the other hand, Eleanor (Saoirse Ronan), it’s a young pudica, quiet, who likes to live in loneliness, isolated from the social relations. This is a good option because she can’t lie – result of the education received in the orphanage where she was raised – and, this can be prejudicial to both of them.
I liked the way the story is told with the action developing in the modern time, alternating with the narration of the story of both protagonists. The way how the two actions alternate is interesting because it could be used a simple passage (cut a scene, start a new one), such as when its being introduced a character which action is being developed in the past but all this inside the scene which is being developed in the present, it’s a very interesting touch.
The ambience ends to be, mostly, insipid (without a negative connotation, if it’s possible), in the present, leading the action to develop itself calmly, which is in agreement with the attitude of Eleanor, her attitude. When we assist to scenes with “more action” we’re before Clara, but I’m not saying that she’s not present in the softly scenes.
The plot between these characters and the “villains” it’s the usual, without nothing new from what we’re used to, a brotherhood of vampires with their rules to impose at any cost. I ended up to set apart this plot the most I could, following the story of the two female vampires, and their relation.
I was not expecting more, neither less. Now I have to re-watch the movie “Interview with the Vampire: The Vampire Chronicles”, to be able to compare but, mostly, to remind this movie which was one of the movies that left a mark, in terms of cinema, my childhood.
Nota: 6,5
Após as curtas, vi no MotelX este filme.
Do realizador Neil Jordan, o mesmo de “Entrevista com o Vampiro” (e a série “The Borgias”), chega-nos mais um filme de vampiros.
Este filme apresenta-nos a história de duas vampiras que estão neste mundo há dois séculos, enfrentando sozinhas as vicissitudes emergentes de um estilo de vida baseado no mistério e no segredo, camuflado pela mentira, pelo menos por uma delas… Clara (Gemma Arterton) sustenta-as através dos lucros obtidos com a profissão que exerce desde a juventude, é prostituta. Sendo esta conhecida, na gíria, como “a profissão mais do mundo”, é uma opção que se mostra viável, acabando por ser útil na contenda de manter o seu segredo e rentável. Por outro lado, Eleanor (Saoirse Ronan), é uma jovem púdica, pacata, que gosta de viver na solidão, isolada de relações sociais. Esta é uma boa opção pois não consegue mentir – fruto da educação recebida no orfanato onde foi criada – e, isto pode-se revelar prejudicial para ambas.
Gostei da forma como a história é contada com a acção a desenrolar-se nos tempos modernos, alternando-se com o relato da história das duas protagonistas. A forma como alternam as duas acções é interessante pois pode ser utilizada uma simples passagem (corta uma cena, começa a nova), como a introdução de uma personagem em que a sua acção se está a desenrolar no passado mas dentro da cena que se encontra no presente, é um toque muito interessante.
O ambiente acaba por ser, maioritariamente, insípido (sem uma conotação negativa, se puder ser), no presente, levando a acção a desenrolar-se com calma, o que vai de acordo com a personagem Eleanor, a sua postura. Quando assistimos a cenas com “mais acção” estamos na presença de Clara, não querendo dizer que esta não participa nas cenas calmas.
A trama entre estas personagens e os “vilões” é normal, sem novidades do que já se conhece, uma irmandade de vampiros com as suas regras a impor a qualquer custo. Acabei por afastar o mais que pude esta trama, seguindo a história das duas vampiras, a sua relação.
Não estava à espera de mais, nem de menos. Agora tenho de voltar a ver o filme “Entrevista com o Vampiro”, para poder comparar mas, pricipalmente, para relembrar este filme que foi um dos que marcou, cinematograficamente, a minha infância.
Disconnect
Rating: 6,4
This is the second finished work in which I’ve participated to make the subtitles of the movie in the team Legendas Project.
This movie has an interesting beginning, presenting one of the stories, with compromising images regarding a delicate theme, accompanied by a current music tuned to the technology theme that covers the three stories which compose the movie.
We have the story of a lonely boy, who loves music and refuges himself alone and, when he creates a bound, this is virtual and false; a couple that is stolen online, staying without their money and having to face this situation without much help of the authorities; and a journalist of a small news organization who involves herself in a case around a site that uses young people to make profits from the sex business via webcams. It’s easy to see the connection between these stories, through the technologies so much used today, existing also a connection through one or other character of each story, without much influence.
The movie was interesting to me because it’s a theme that pleases me. It’s a good movie, in general, but it doesn’t have any detail that stands out it. It’s an average movie.
Nota: 6,4
O segundo projecto finalizado, em que participei, da equipa Legendas Project.
Este filme tem um início interessante, apresentando uma das histórias, com imagens prometedoras de um tema delicado, acompanhadas por uma música actual que está em sintonia com o tema da tecnologia que abrange as 3 histórias principais que compõem o filme.
Temos a história de um miúdo solitário, com gosto pela música, que se refugia no seu íntimo e, quando cria um laço, este é virtual e falso; um casal que é vítima de roubo online, ficando sem o seu dinheiro e tem que enfrentar esta situação sem grande ajuda das autoridades competentes; e uma jornalista de uma pequena empresa de notícias que se embrenha num caso à volta de um site que usa jovens para lucrar com um negócio de sexo via webcam. É declarada a ligação destas histórias através das tecnologias tão utilizadas hoje em dia, havendo também uma ligação através de uma ou outra personagem de cada história, sem grande influência.
Achei o filme interessante por ser um tema que me agrada. É um bom filme, no geral, mas não tem nenhum pormenor que o destaque. Vê-se bem.
Edward Scissorhands
Rating: 6,6
I decided to watch again this emblematic movie, which I watched and re-watched several times many years ago.
I didn’t remember almost nothing of this movie, specially the mechanical opening, which pleased me a lot, an introduction to the past of the Edward’s creator.
The initial scenes, full of vivid colors, highlight the houses and the cars making obvious the contrast with the grey of the mansion on top of the hill, giving the sensation of a Disney experience, doing justice to the story which this movie tells, a tale, a bedtime story (in a good way), appealing to fantasy to contextualize both the story and the protagonist.
These colors also help to emphasizing the dance of the cars – accompanied by the perfect music -, giving us the idea of a suburb routine that will be criticized/explored along the movie through the housewives (the typical machinations, gossips, the intruding in the issues of the neighbors’ lives) and their family and social relationships. It ends up to be a satire to the suburb families. The “wardrobe” of this movie – also colored – matched really well with the scenes related with the discovery of Edward’s gift, in terms of handling his scissors, cutting the human and animal hair. His gift does not end here and, through his masterpieces in the gardens, we are dragged, one more time, to a fantasy world like the Disney ones.
Focusing on the story, the movie fulfills the expectations regarding this type of movies which I’m describing: the discovering, the habituation, the problems and their solutions. It doesn’t follow all the “rules” (a positive point) but it’s not very far from them (which smooths the positive point).
To sum up, I liked the movie, I was expecting more but considering the performance of Johnny Depp and the world created by Tim Burton, this could never be a bad movie and it is also a movie above average regarding the points I mentioned previously. (Re)Watch. It’s always worth, this is cinema!
Nota: 6,6
Decidi voltar a rever este filme tão emblemático, o qual vi e revi inúmeras vezes há muitos anos atrás. É pena não passarem estes clássicos nos canais abertos (sim eu sei que quase toda a gente tem uma assinatura com as “MEO’s e Zon’s” mas os “4 canais” ainda recebem mais atenção do público geral).
Já não me lembrava de quase nada do filme, muito menos da abertura mecânica, que me agradou bastante, uma introdução à história passada do criador do Edward.
Os planos iniciais, cheios de cores vivas, destacam as casas e os carros fazendo um contraste com o cinzento da mansão no topo do monte, dando logo uma sensação de experiência Disney, fazendo jus à história que este filme conta, um conto, uma história de embalar (no bom sentido), apelando ao fantástico para enquadrar tanto esta história como o protagonista.
Estas cores ainda ajudam a enfatizar a dança criada com os carros – acompanhada com uma música à medida -, passando-nos uma rotina suburbana que será criticada/explorada ao longo do filme através das donas de casa (as típicas intrigas, coscuvilhices, o intrometer em todos os assuntos que se passam nas vidas dos vizinhos) e das suas relações familiares e sociais. Acaba por ser uma sátira das famílias suburbanas. O guarda-roupa deste filme – também colorido – joga muito bem com as cenas relacionadas com a descoberta do dom de Edward no que diz respeito ao manusear das suas tesouras, falando dos cortes de cabelo/pêlo. Os seus dotes artísticos não ficam por aqui e, através das suas obras de arte nos jardins, somos arrastados, mais uma vez, para um mundo fantástico ao estilo Disney.
Focando-me na história, é o que se espera para um filme, como este que tenho vindo a descrever: a descoberta, a habituação, os problemas e a resolução dos mesmos. Não segue à risca todas as “regras” (um ponto positivo) mas não foge muito (suaviza o ponto positivo).
Resumindo, gostei do filme, estava à espera de mais mas, uma interpretação como a do Johnny Depp juntamente com um mundo criado por Tim Burton, nunca pode ser mau e fica acima da média nos pontos que fui inumerando. (Re)Vejam. Vale sempre a pena, isto é cinema.
Life as a House
Rating: 5,7
Cliche. I already used this word to classify, in general, another movie but this time I am not using it in a good way because all the story is told through the scenes that, by its organisation and content, are predictable and follow the rules. In other words, the main problem is presented to us at the beginning – a man who discovers that he has cancer -, which changes his life together with the “opportunity” created by becoming unemployed. After this, it is added a problematic son and a pending personal desire – to build a house, or better to say, to destroy the house where his father lived -, and we also have the trigger of situations which its final objective is to end with all the existing problems in the scenarios of the several characters – for instances to make the son follow a good path, to get back together with his ex-wife, etc. More cliches would be impossible, it’s not bad because this movies follows the rules, really well studied, which grab us to the screen (I highlight grab to the screen but I did not enjoy excitedly the movie). Basically it’s a story that does not bring anything new, it’s not bad, it’s too median.
Nota: 5,7
Cliché. Já usei esta palavra para caracterizar, de uma forma geral, outro filme mas desta vez não a utilizo no bom sentido pois toda a história é contada através de cenas que, pela sua organização e conteúdo, são previsíveis e dentro das “regras”. Ou seja, começa por nos ser apresentado o problema principal – um homem que descobre que tem cancro -, o qual muda a sua vida conjugando esta descoberta “com a oportunidade” criada através do seu despedimento. Depois disto basta juntar-se um filho problemático e um desejo pessoal pendente – construir uma casa, ou melhor, destruir a casa onde o pai viveu -, e temos um despoletar de situações que têm como objectivo final acabar com todos os problemas existentes nos cenários das várias personagens – o filho seguir o bom caminho, voltar a ficar bem com a ex-mulher, etc. Mais cliché era impossível, não é péssimo por estes filmes seguirem as regras, tão bem estudadas, que nos agarram ao ecrã (realço agarrar ao ecrã, e não usufruir animadamente do filme). Basicamente é uma história que não trás nada de novo, não sendo péssima, é mediana demais.
Mud
Rating: 6,4
I was expecting something better from this movie, even if it was only for the cinematography that copies the 90’s style. I ended up wanting something more like “Stand by Me” because of the two children protagonists and for the ambience that it’s involved in – a rural environment in the Arkansas – but, mainly, for the leeches’ scene (this one seems to me a direct analogy to the movie “Stand by Me”).
The movie ended up being a little more superficial than I expected, focusing both in the outlaw Mud and in the cooperation of the children in his cause, which is based on a love story. Regarding the character Ellis, in my opinion, he involves himself in this cause to compensate the lack that he has in his house, in terms of the loving relationship (in)existing between his parents. This lack is also seen in his attitude in the loving relationship that he lives during the movie.
There are not that many interesting characters (excluding the protagonists who perform excellent rolls) and, in a certain way, we watch a superficial try to make of this movie a police/action movie, being these the scenes I liked the least.
In short, it disappointed me because I expected much more of this movie but it is not like I hated it. It’s a movie that I may suggest to watch on a Sunday afternoon.
Nota: 6,4
Estava à espera de algo melhor, nem que fosse pela fotografia a “puxar” aos anos 90. Pelo facto deste filme ter como protagonistas duas crianças, pelo ambiente onde se insere – um ambiente rural no Arkansas – e, principalmente, pela cena das sanguessugas, acabei por querer algo ao estilo do Stand by me (a cena das sanguessugas pareceu-me uma analogia directa a este filme).
O filme acabou por se revelar um pouco mais superficial do que expectei, centrando-se no fugitivo Mud e na cooperação das crianças para com a sua causa, a qual se baseia numa história de amor. Em relação ao personagem Ellis, tenho a opinião de que este se embrenha nesta causa de forma a compensar a lacuna existente em sua casa, no que diz respeito à relação amorosa (in)existente entre os seus pais. Vê-se também essa falta através da sua atitude perante a relação amorosa por que passa durante este filme.
Não nos são apresentadas personagens muito interessantes (excluindo os protagonistas que desempenham bons papéis) e, de certa forma, assistimos a uma tentativa superficial de filme policial/acção – cenas estas que foram as que menos gostei.
Resumindo, desiludiu-me por querer muito mais mas não odiei. É um filme que se pode sugerir para um domingo à tarde.
Dans la Maison
Rating: 8,1
Sometimes we’re lucky and watch, completely unaware, a movie above average.
This movie portrays the growing of the addiction of the professor Germain (Fabrice Luchini) for the writing of his student, Claude (Ernst Umhauer). Everything begins with a simple homework – a text describing the weekend – which ends up becoming a foisted delivery of texts, which are received in a voluntary/obligatory/desiring/afraid way (among many other feelings) by Germain, together with his wife who also becomes addicted to this story told by Claude – the experiences in the home of his friend Rafa, firstborn of Rafa and Esther, evolving and adapting his writing skills according with both his professor’s tips as well as with the way he wants the professor (and the other) to react.
This movies’ concept is fascinating, skimming softly the madness, eccentric! Claude is a very strong character that controls the entire movie through the manipulation of the other characters, with an ease and ingenuity that elevates him to the personification of the “master touch”; in other words, his character it’s the axe in which the action turns around. It reveals that we can achieve everything through an astute manipulation, which is a matter of dedication and objectivity (a lot of dedication in the development of this capacity, if it’s not innate). If it’s used to do good, it should not be seen as something with a bad intent, taking into account that the word has a strong negative connotation, because its definition presupposes that it’s “usually used for it’s own benefit”.
An interesting fact is the presentation of a type of art based in the description of a painting through audio, while we observe an empty canvas being painted with our own imagination. I had already thought about something similar, which proves that it’s very difficult to create something totally original but it’s possible to create something like this movie, amazingly well done.
I became fascinated with the end of the movie, any other end would be unreasonable regarding this option. Something that made me wish to be present at that place with a notebook and a pen.
Nota: 8,1
De vez em quando temos sorte e vemos, sem querer, um filme acima da média.
Este filme retrata o evoluir da dependência do professor Germain (Fabrice Luchini) pela escrita do seu aluno, Claude (Ernst Umhauer). Tudo começa com um simples trabalho de casa – um texto a descrever o fim-de-semana – que acaba por se tornar num impingir de textos, que são recebidos de forma voluntária/obrigatória/desejosa/receosa (entre tantos outros sentimentos) por Germain, juntamente com a sua esposa que acaba por se viciar nesta história que Claude conta – as experiências na casa do seu recente amigo Rafa, primogénito de Rafa e Esther, evoluindo e adaptando a sua escrita de acordo com as dicas que o professor lhe dá e a forma como quer que este (e outros) reaja(m).
O conceito deste filme é algo fascinante, a roçar muito levemente a loucura, excêntrico. Claude é uma personagem muito forte que controla todo o filme através da manipulação das outras personagens, com uma facilidade e engenho que o eleva a personificar o “toque de mestre” deste filme, ou seja, a sua personagem é o eixo em torno do qual gira a acção. Revela que podemos conseguir tudo através de uma manipulação perspicaz, é uma questão de dedicação e objectividade (muita dedicação no desenvolvimento desta capacidade, caso não seja inata). Se usada para o bem não deve ser vista como algo de mau fundo, tendo em conta que a palavra tem toda uma conotação negativa, pois a sua própria definição pressupõe que é utilizada “geralmente em benefício próprio”.
Um ponto interessante foi terem apresentado um tipo de arte baseado na descrição de um quadro através de audio, enquanto observamos uma tela vazia, pintando com a nossa imaginação. Já tinha pensado em algo do género, o que comprova que muito dificilmente se inventa algo cem porcento original mas pode-se sempre criar algo como este filme, totalmente bem conseguido.
Fiquei fascinado com o final do filme, qualquer outro teria sido descabido existindo esta opção. Algo que me fez desejar estar presente naquele local com um bloco e uma caneta.
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