No Country for Old Men
Rating: 6,8
When I was writing the post of the movie “The Sunset Limited” I found that this movie is also based on a Cormac McCarthy work, a novel this time. I’m starting to notice a propensity of this author to explore the people choices, some timeless dilemmas of our life, always regarding the eternal discussion of set apart/compare the good and evil, the ethic problem.
This movie also starred with Tommy Lee Jones and is directed by the Cohen brothers, who bring to us a movie with an action that develops itself from an almost non-sense situation, similar to what many Grindhouse stories bring to us, I mean, something simple where it’s possible to work the master touches such as the characters’ construction, amazing shots and the typical humor of this style. In this movie we can say that this situation is “give water to a needy guy”. It’s like this is just an “excuse” that, at first sight, it’s not so important, but used just as the triggering situation. Although, from my point of view, it shows a core characteristic of the character Llewelyn Moss (Josh Brolin), the fact that he follows his convictions, his moral, what determines his actions through the movie – in other words, it’s not just an “excuse”.
Regarding the shots, there are some terrific. This follows the rule of the story being told using images the most possible. Two of the shots I liked most were, both the one focusing the boots marks left in the floor of the police station by the police officer and the one that follows the binoculars from the eyes to the shoulder of the character, like if its lens is the camera.
It’s funny that I already had the idea of pay attention where the movie might reveal some Grindhouse style, because someone told me that. I didn’t want to be affected – despite it’s difficult to know if I was or not – and I really know that there are some parts which reveal this style – maintaining the question if I had notice it by myself -, such as the character Anton Chigurh (Javier Bardem), some shots of violence and, also, the dialogues that fit the referred type of humor.
In the end, I was positively impressed with another movie of this duo who make Cinema, despite I didn’t think it’s a great movie (also because I had great expectations to it), it has much quality regarding all the evaluated aspects.
I agree with movie with an open end when they explore a theme which make us think and we’re absorbing along the movie making its end not the most important (a recent example is “The Sunset Limited”). Although, this movie, despite it give us some dilemmas to think along its development, it has the need to be stated with a good end because it strength is its story, in my opinion.
Nota: 6,8
Ao fazer o post do filme “The Sunset Limited” descobri que este filme também é baseado numa obra de Cormac McCarthy, desta vez um romance. Começo a sentir uma tendência deste autor em explorar as escolhas das pessoas, certos dilemas intemporais da nossa vida, prendendo-se sempre na eterna discussão da separação/comparação do bem e do mal, a problemática da ética.
Contando também este filme com a participação de Tommy Lee Jones, e sob a realização dos irmãos Cohen, chega-nos um filme em que a sua acção se desenrola a partir de uma situação quase que sem sentido, semelhante ao que muitas vezes as histórias Grindhouse nos trazem, algo simples onde se possa trabalhar realmente os toques de mestre como a construção de certas personagens, planos espectaculares e o tal humor típico deste estilo. Neste filme pode-se dizer que essa situação é “dar água a um pobre necessitado”. É como se esta fosse apenas uma “desculpa” que, à partida, não possui grande importância, sendo usada apenas como o despoletar da acção. Apesar de que no meu ponto de vista demonstra uma característica base da personagem Llewelyn Moss (Josh Brolin), o facto de ele seguir as suas convicções, a sua moral, o que condiciona as suas acções ao longo do filme – ou seja, não é apenas uma “desculpa”.
Em relação aos planos, são-nos oferecidos alguns mesmo muito bons, o que cumpre a máxima de que a história deve ser contada o máximo possível através da imagem. Dois dos planos que mais gostei foram o das marcas das botas do agente da autoridade no chão da esquadra e o que acompanha os binóculos dos olhos ao ombro da personagem, como se a lente destes fosse a camera.
É engraçado que já fui com esta ideia de ver onde o filme poderia revelar um estilo Grindhouse, visto que me já tinham referido esse facto. Não queria ser influenciado – apesar de que neste momento seja difícil saber se fui ou não – e sei que existem mesmo partes que apelam a este estilo – mantém-se a questão de se teria reparado nisto “sozinho” -, desde a personagem Anton Chigurh (Javier Bardem), a certos planos de violência e, ainda, aos diálogos que vão de encontro ao tipo de humor referido.
No final, fiquei positivamente impressionado com mais um filmes desta dupla que faz sempre Cinema, apesar de não achar um grande filme (também por ter expectativas um pouco mais elevadas em relação a este filme), tem sempre muita qualidade em todos os aspectos avaliados.
Concordo com filmes com final aberto quando exploram um tema que nos faça pensar e que vamos absorvendo ao longo do filme sem que o seu final seja o mais importante (o exemplo mais recente é o “The Sunset Limited”). No entanto, este filme, apesar de nos dar que pensar em alguns dilemas no seu desenrolar, tem uma necessidade de se afirmar com um bom final por o seu ponto forte ser a história, na minha opinião.
Disconnect
Rating: 6,4
This is the second finished work in which I’ve participated to make the subtitles of the movie in the team Legendas Project.
This movie has an interesting beginning, presenting one of the stories, with compromising images regarding a delicate theme, accompanied by a current music tuned to the technology theme that covers the three stories which compose the movie.
We have the story of a lonely boy, who loves music and refuges himself alone and, when he creates a bound, this is virtual and false; a couple that is stolen online, staying without their money and having to face this situation without much help of the authorities; and a journalist of a small news organization who involves herself in a case around a site that uses young people to make profits from the sex business via webcams. It’s easy to see the connection between these stories, through the technologies so much used today, existing also a connection through one or other character of each story, without much influence.
The movie was interesting to me because it’s a theme that pleases me. It’s a good movie, in general, but it doesn’t have any detail that stands out it. It’s an average movie.
Nota: 6,4
O segundo projecto finalizado, em que participei, da equipa Legendas Project.
Este filme tem um início interessante, apresentando uma das histórias, com imagens prometedoras de um tema delicado, acompanhadas por uma música actual que está em sintonia com o tema da tecnologia que abrange as 3 histórias principais que compõem o filme.
Temos a história de um miúdo solitário, com gosto pela música, que se refugia no seu íntimo e, quando cria um laço, este é virtual e falso; um casal que é vítima de roubo online, ficando sem o seu dinheiro e tem que enfrentar esta situação sem grande ajuda das autoridades competentes; e uma jornalista de uma pequena empresa de notícias que se embrenha num caso à volta de um site que usa jovens para lucrar com um negócio de sexo via webcam. É declarada a ligação destas histórias através das tecnologias tão utilizadas hoje em dia, havendo também uma ligação através de uma ou outra personagem de cada história, sem grande influência.
Achei o filme interessante por ser um tema que me agrada. É um bom filme, no geral, mas não tem nenhum pormenor que o destaque. Vê-se bem.
The Seasoning House
Rating: 6,3
I thought I was about to watch an horror movie but it ends up to be an Extremism movie, mixed with a little of Gore (as it is usual of this genre). It follows the line of the others movies from Extremism which I watched, losing for the content’s development and focusing more on its basic characteristics: the shock, the visual violence (where we can see Gore parts) and the psychological violence (through the movie’s concept/story). The gap of this type of movies is the lack there is in the story development and contents of the chosen concepts, and this movie isn’t an exception. It also has the typical tension where the people are almost safe several times, which pleases me, and cheated me once in this movie.
In terms of techniques/editing, they use close-ups to asphyxiate us inside the scene that it is rolling; flashbacks to tell the story of the protagonist; and slow-motion to force us focusing on the details of certain physical and psychological violent scenes. The dirty scenarios around, end up helping in the exponentiation of the tension that it is expected the spectator to feel.
The movie rolls in the Balkans, on a war scenario, focusing the main action in an abandoned orphanage turned into a house used to sexually explore young girls under disgusting conditions. This is what affects the most in a psychological way, both for the concept and for the images around it, pure Extremism.
I like this genre but, once again, it was not good enough.
Nota: 6,3
Pensava que ia ver um filme de terror mas acabou por se revelar um filme dentro do estilo do Extremismo, com um pouco de Gore à mistura (como costuma acontecer neste género). Acaba por seguir a linha dos outros filmes do extremismo que vi, perdendo no desenvolvimento do conteúdo e focando-se mais nas suas características base: o choque, a violência visual (onde podemos ver partes Gore) e a violência psicológica (através do conceito/história do filme). É pela falta de desenvolvimento da história e dos conteúdos dos conceitos escolhidos que pecam este tipo de filmes, não sendo este uma excepção. Contém ainda a típica tensão do “quase a salvo por várias vezes”, tensão esta que me agrada, e que neste filme me conseguiu “enganar”, uma vez.
Em termos técnicos/de edição, usam o close-up para nos asfixiar dentro da cena que se está a desenrolar; flashbacks para contar o passado da protagonista; slow-motion para nos obrigar a focar todos os pormenores de certas cenas violentas tanto física como psicologicamente. A sujidade dos cenários envolventes, acabam por ajudar no exponenciar da tensão que se deseja que o espectador sinta.
O filme desenrola-se nos Balcãs, num cenário de guerra, focando a acção principal, num antigo orfanato abandonado transformado numa casa de exploração sexual de jovens miúdas em condições repugnantes. É isto que afecta mais de uma forma psicológica, tanto pelo conceito como pelas imagens dispostas à volta do mesmo, extremismo puro.
Gosto do género mas, mais uma vez, não foi suficientemente bom.
Death Proof
Rating: 8
This is one of those movies which I have a lot to comment. It’s a Grindhouse movie – class B cinema – and it has all those clichés of a horror/thriller movie: a badass and the girls as victims (always to cause an impression). It puts together a rural environment which is always helpful to create that feeling of loneliness in the victims.
The movie is divided in two parts, a psychological thriller (a little bit shameless to have a class B touch) and a “police thriller”.
The first part has the same effect present in the old movies (with flaws in the image and the typical noise of the film rolling) which gives the desired ambience to this type of class B cinema. I call it a thriller mainly for the structure rather than for the content. In other words, it has the items needed in a thriller, that I mentioned before, but basically the typical suspense of this genre ends up to be replaced by irony because, I’ll say again, it’s all a little bit shameless (this is one of the Tarantino’s “master touches”). As usual the dialogues are very strong and they have sense even in a chat of “I said that you said that you were saying that I said what you said”, where the criticism is often present, using some characters as model/example.
The transition from the first to the second part of the movie is made by changing the image to black and white. The new characters are presented and right after the cinematography changes to bright colours, which is a big contrast in comparison with the first part, lining perfectly the transition.
In this second part it’s given a different genre, in a police style, as I referred previously. Here the songs are the same as the ones used in the “police movies” from the 80’s, during the car chases (the main scenes of this part). In my opinion, the peak of this part is right at the end, as follows the rules.
I am fond of the connection made between the two parts through the number/style of the characters, which resulted in a surprise effect along with other explicit details (you’ll understand when you watch the movie).
In conclusion, I can say that, once again, I wasn’t disappointed with a Quentin Tarantino’s movie, keeping him in the top of directors worldwide. He is able to “grab” a lot of clichés and do something astonishing and consistent.
Nota: 8
Um daqueles filmes que tem muito para comentar. È um filme Grindhouse – cinema de classe B – e tem todos os clichés de um filme de terror/thriller: o mauzão e as meninas vítimas (vistosas como sempre). Junta ainda um ambiente rural que ajuda sempre a criar aquele sentimento de solidão nas vítimas.
O filme divide-se em duas partes, um thriller pscicológico (um pouco descarado para ter um toque a classe B) e um género de thriller “policial”.
Na primeira parte assistimos a um efeito de película antiga (com falhas na imagem e o típico ruído da película) que dá o ambiente desejado ao tipo de cinema classe B apresentado. Chamo-lhe um thriller mais pela estrutura do que pelo conteúdo, isto é, tem os itens que mencionei para que seja um thriller mas, no fundo, o suspense típico deste género acaba por ser substituído pela ironia pois, volto a dizer, é tudo um pouco descarado (este é um dos toques de mestre de Tarantino). Como sempre os diálogos são muito fortes e, até numa conversa de “eu disse que tu disseste que ias dizer que eu disse o que disseste” há um sentido, estando quase sempre presente a crítica, utilizando certas personagens como modelo/exemplo.
A passagem da primeira parte do filme para a segunda é feita através da alteração da imagem para preto e branco. São apresentadas as novas personagens e após esta apresentação a fotografia passa a cores vivas, um grande contraste comparando com a primeira parte, demarcando bem a passagem.
Nesta segunda metade do filme é-nos apresentado um género diferente mais ao estilo policial, como já referi anteriormente. Aqui as músicas são as utilizadas nos filmes policiais da década de 80, tal como as perseguições de carros (as cenas principais desta parte). Na minha opinião, o auge desta parte é mesmo o final, como ditam as regras.
Gostei da ponte de uma parte para a outra através do número/estilo das personagens, o que acabou por criar o efeito surpresa, juntamente com outros aspectos explícitos (vão perceber se virem o filme).
Posso então dizer que, mais uma vez, não fiquei desiludido com um filme de Quentin Tarantino, continuando a elevá-lo ao topo dos realizadores mundiais. Pegando em tanto cliché, consegue fazer algo surpreendente e consistente.
Última Parada 174
Rating: 6,9
Another movie that I wanted to watch for a long time, practically since its release. I always thought this movie was mostly based on the exposure of the bus sequestration itself, despite knowing in advance that it would also explore the life of the kidnapper. Since this movie focuses mostly in this last point – to contextualize the sequestration explaining its cause -, it becomes more interesting then I expected. Another thing that captivated my attention was the fact that the movie focuses in two characters, Sandro and Alessandro, who end up creating a relationship, along the action, that influences their lives.
It’s another movie that talks about favelas, showing the inherent problems of drug dealing and criminality generated by need and habit. All this ambient is well represented, being extended to the street children who live out of the favelas, in the urban environment (which theme I’ll explore with the support of documentaries). The religion couldn’t be ignored, despite the presence of this subject; this movie is not used as a mean to spread the word.
In the end, I caught myself having another good experience with Brazilian cinema, more specifically with the favelas subject. However, I have a single critic to make regarding the lack of clearness about whose responsibility for the last tragedy. Personally, regarding the images and what I already know about the story, I deduced something, but the person with whom I watch the movie with didn’t deduce the same. For this reason, and because I’m curious about the events, I’ll watch the documentary Ônibus 174.
Nota: 6,9
Mais um filme que queria ver há muito tempo, desde o seu lançamento, praticamente. Sempre pensei que este filme se baseava principalmente na divulgação do sequestro do autocarro propriamente dito, apesar de saber que também explorava a vida do sequestrador. O facto de girar, maioritariamente, em torno deste último ponto, de modo a enquadrar o sequestro explicando a sua causa, torna este filme mais interessante do que esperei. Outro ponto que me cativou foi o filme focar-se em duas personagens, o Sandro e o Alessandro, que acabam por criar uma relação, ao longo do filme, a qual terá grande influência nas suas vidas.
É mais um filme que aborda o tema das favelas, mostrando-nos os problemas inerentes ao tráfico de droga e criminalidade gerada pela necessidade e hábito. Toda esta envolvente está muito bem representada, tendo sido alargada aos meninos de rua que moram fora das favelas, nos ambientes citadinos (hei-de explorar mais este tema através de documentários). Como não poderia faltar focam o tema da religião mas desta vez na medida exacta, sem tornarem o filme num meio de divulgação da fé.
No final, acabei por ter mais uma boa experiência no que diz respeito ao cinema brasileiro, mais especificamente o tema das favelas, podendo apenas criticar o facto de não ter sido perceptível quem foi o culpado pela tragédia final. Pessoalmente, tanto pelas imagens como pelo que já conheço da história, deduzo algo, mas quem viu o filme comigo não deduziu o mesmo. Por esta razão, e por ter curiosidade em relação a esta história, irei ver o documentário Ônibus 174.
Chinjeolhan geumjassi (Sympathy for Lady Vengeance)
Rating: 7,8
After a long time (over a year), I finally watched the 3rd movie of the trilogy of Chan-Wook Park about Vengeance. I note that despite being a trilogy, it’s called so only for having the theme of revenge in common. The movies are unrelated in terms of story – Sympathy for Mr. Vengeance (2002), Oldboy (2003), Sympathy for Lady Vengeance (2005).
This movie is about the revenge plan of Geum-ja Lee (Yeong-ae Lee), planned to the smallest detail, planned so well that the intricate style of this director is excellent when presenting it through a unique framework. The stories of the protagonist’s fellow prisoners are presented to us, through flashbacks, after their appearance in the current story. The list of characters increases and the pieces start to fit to the culmination of her plan. All characters have a specific use. We end up being able to separate the movie into three stories, all involving the reason for the arrest of Geum-ja (which I prefer not to reveal); I mean, the pre-prison story, her life in prison and the post-prison, the plan itself.
Although the plan is complex, the story itself, if we abstract from everything else (from the story of the other characters to the technical details of the movie) – if it’s possible to do it… -, is simple. But that’s what makes this director special, the way he’s capable to create pieces of art using a simple base.
This movie, in my opinion, should also be categorized as fantasy, because it involves something superhuman, which gives a master touch (mainly for the “grand finale”). It has spectacular “construction” shots of the environment that surrounds the characters, as it is the shot of the locker and of the window (you’ll realize it when you watch it). And of course, the usual characters from Asian cinema which are too crazy.
I also want to leave a comment about the fact that this director always focus on family issues of all kinds (from the most discussed major taboos, which possibly most people do not remember the possibility of its existence; to the most usual ones), always controversial and troubling. From all his movies I saw, there was not one that would not focus on family problems (or is it me just trying to make of this a pattern?).
In short, I love the work of this director and, being this movie a very good one, it’s the “least good” of the trilogy, but still worthwhile.
Nota: 7,8
E passado muito tempo (mais de um ano), finalmente vi o 3º filme da Trilogia sobre a Vingança de Chan-Wook Park. Realço que apesar de ser uma trilogia, apenas o é por ter o tema da Vingança em comum. Os filmes não têm qualquer relação em termos de história – Sympathy for Mr. VEngeance (2002), Oldboy (2003), Sympathy for Lady Vengeance (2005).
Este filme trata o plano de vingança de Geum-ja Lee (Yeong-ae Lee), planeado ao mais ínfimo pormenor, de tal forma pensado que o estilo intricado deste realizador é excelente para o apresentar através de um enquadramento peculiar. Vão-nos sendo apresentadas as histórias das companheiras de prisão da protagonista, através de flashbacks, após a sua aparição na história actual. O rol de personagens vai aumentando e vão-se encaixando as peças para o culminar do seu plano. Todas as personagens têm um uso específico. Acabamos por poder separar o filme em 3 histórias, tudo o que envolve o tema da razão pela qual Geum-ja Lee é presa (prefiro não revelar), ou seja, a história pré-prisão, a sua vida dentro da prisão e o pós-prisão, o plano propriamente dito.
Apesar o plano ser complexo, a história em si, se nos abstrairmos de tudo o resto (desde a história das outras personagens aos pormenores técnicos do filme) – se isto for possível… -, é simples. Mas é isso que torna este realizador especial, a forma como também consegue criar obras de arte através de uma base simples.
Este filme, na minha opinião, também deveria ser categorizado como Fantasia, pois apela algo sobre-humano, o que lhe dá um toque de mestre (principalmente para o “grand finale”). Tem planos espectaculares de “construção” do meio que envolve as personagens, como o plano do cacifo e da janela (percebem quando virem). Como não poderia deixar de ser, as tão características personagens do cinema asiático, alucinantes.
Quero ainda de deixar um comentário acerca do facto deste realizador focar sempre problemas familiares, dos mais variados tipos (desde os mais discutidos a grandes tabus que, possivelmente, a maioria das pessoas não se lembra da possibilidade de existirem; a outros mais usuais), sempre polémicos e preocupantes. De todos os seus filmes que vi, não houve um que não focasse problemas familiares (ou será que já procuro esse padrão??).
Resumindo, adoro o trabalho deste realizador e, sendo este um filme muito bom, é o “menos bom” da trilogia, valha o que isso valha.
Stoker
Rating: 9,3
One more piece of art from this Cinema King, Chan-wook Park.
The movie began dazzling me early through the excellent edition of credits, making these interact with the scenario/action. It’s excellent. From here was a succession of increasing fascination from the details of sound, to image. The fact that the sound be exponentiated, because India (Mia Wasikowska) have this “gift” of hearing more accurate than usual, makes us live action “through her ears”. Details like the sound of the spider walking and the eggshells being broked are simply brutal. Regarding the characters, we see three major representations of the main characters, all of them very peculiar and strange, much in the style that I like, great. The story and its plot have the intricate style of this director, focusing on family issues, as usual.
This movie is perfect for showing that cinema is an Art, beyond simple entertainment. I have to thank him for his excellent work.
Nota: 9,3
Mais uma obra de arte deste Rei do cinema, Chan-wook Park.
O filme começou por me deslumbrar logo no início através da excelente edição dos créditos, fazendo com que estes interajam com o cenário/acção. Está excelente. A partir daqui, foi uma sucessão crescente de fascínio, desde os pormenores de som, aos de imagem. O facto do som estar exponenciado, pelo facto de India (Mia Wasikowska) ter esse “dom” de ouvir de formar mais apurada que o normal, faz com que vivamos a acção “aos ouvidos” dela. Detalhes como o som da aranha a andar e da casca dos ovos a partir são simplesmente brutais. Em relação às personagens, assistimos a três grandes representações das personagens principais, todas elas muito peculiares e estranhas, muito ao estilo que me agrada, excelente. A história e o enredo desta, têm o estilo intricado deste realizador, focando problemas familiares, como já é hábito seu.
Este filme é perfeito para mostrar que o cinema é uma Arte, além de simples entretenimento. Tenho que agradecer o seu excelente trabalho.
Side Effects
Rating: 7
The theme is interesting: psychological problems. It becomes even more interesting when the movie begins to explore this world from the psychiatric offices and the pharmaceutical schemes. I think it is a good movie, by exploring this subject that interests me greatly, until I “got a knot” in the head, because I assumed something, but I was induced to another direction and after that it also proved to be something different. In short, I got an even better impression of the movie. I like when I’m surprised (unlike the movie, discussed previously, where I “predicted” two scenes). It is worth watching.
Nota: 7
O tema é interessante, problemas psicológicos. Vai-se tornando ainda mais interessante quando o filme começa a explorar o esquema do mundo dos consultórios psiquiátricos e das farmacêuticas. Achei um bom filme, por explorar este tema que me interessa bastante, até que me “deram um nó” na cabeça, pois supus algo, entretanto fui induzido noutra direcção que depois, ainda, se mostrou ser algo diferente. Resumindo, fiquei com uma, ainda melhor, impressão do filme. Gosto quando sou surpreendido (ao contrário do filme que comentei anteriormente, onde “previ” duas cenas). Vale a pena ver.
Shadow Dancer
Rating: 6,5
One more movie about IRA (such as Hunger). This movie is a bit shallow, making it easier to understand, good for those who do not know IRA, despite not explaining much about this organization, it does not affect the understanding of the plot of the movie. So, I could more easily understand some other aspects of the IRA. Since it is not a complex movie, basically revolving around the investigation of a specific group of the IRA, it is nothing extraordinary but I liked it. There was one detail that made me very disappointed, until I realized that after all it was something that would give something more to the movie. When you watch it you will realize it.
Nota: 6,5
Mais um filme acerca do IRA (tal como o Hunger). Este filme é um pouco superficial, tornando-o de fácil compreensão, bom para quem não está dentro do assunto do IRA, apesar de não explicar muito acerca desta organização, não afecta a compreensão da trama do filme. Assim, consegui apreender facilmente mais alguns aspectos sobre o IRA. Por não ser um filme complexo, basicamente girando à volta da investigação de um grupo específico do IRA, não é nada de extraordinário mas gostei. Houve um pormenor que me fez ficar muito desiludido, até que percebi que afinal era algo que viria a dar algo mais ao filme. Quando virem percebem.
Mama
Rating: 5,6
The acclaimed Mama. Ever since I saw the trailer (many months ago) I was hoping to see a good (average would already be good) horror movie. But having high expectations, along with a positive opinion from a friend, sometimes make me feel disappointed.
I have to start by referring the trivialization of the “main spirit” (not worth going into detail, since it is the same as always). The story is okay, consistent, nothing complex. The youngest character has very original characteristics. But towards the end, the movie is just a disgrace.
Perhaps I am more rigid with this movie for expecting more in advance.
I am not saying it is not worth watching, because of the works carried to promote this movie.
Nota: 5,6
O tão aclamado Mama. Desde que vi o trailer (há já muitos meses) que fiquei com a esperança de ver um bom (médio já seria bom) filme de terror. Mas as expectativas fazem destas coisas (juntamente com a opinião Positiva de um amigo) e fiquei desiludido.
Posso já começar por voltar a referir a banalização do “espírito principal” (não vale a pena entrar em pormenores, é o mesmo de sempre). A história é normal, consistente, nada complexa. A personagem mais nova é muito caricata. Para o final o filme fica mesmo uma desgraça.
Talvez seja mais rígido com este filme por querer mais, antecipadamente.
Não digo que não vale a pena por respeito a todo o trabalho de divulgação
As minhas opiniões de filmes 